Culto todos os domingos às 19h:30
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Momento Devocional IPCC – Maturidade exige renúncia

“Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim.”
Salmos 131:1

Este salmo pertence ao grupo de salmos conhecidos como canção dos peregrinos (Salmos 120 a 134), desta forma, como eram cantados ou recitados durante as viagens, são salmos com poucos versículos, alguns como este, com apenas três versículos.

Eram recitados por ocasião das viagens do povo israelita para Jerusalém durante o período das festas da Páscoa Judaica, Pentecostes e Tabernáculos (conforme Dt. 16:16-17), vejamos:

“Três vezes por ano todos os seus homens se apresentarão ao Senhor, ao seu Deus, no local que ele escolher, por ocasião da festa dos pães sem fermento, da festa das semanas e da festa das cabanas. Nenhum deles deverá apresentar-se ao Senhor de mãos vazias: cada um de vocês trará uma dádiva conforme as bênçãos recebidas do Senhor, do seu Deus.”

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Era um reconhecimento do povo israelita para com Deus, conforme escrito no livro da lei, agradecendo pela colheita, dentre outros motivos de louvor e agradecimento. Nestas ocasiões ofertas eram apresentadas.

 Este salmo é um cântico de fé, um dos quatro salmos de peregrinação, ou conhecidos como salmos de degrau, ou de subida, atribuídos a Davi, em conjunto com os salmos 122, 124, 133. Nele Davi reafirma sua fé (versículo 2),  colocando diante de Deus em primeiro lugar uma atitude de humildade (versículo 1), e por fim, pede por esperança.

Aplicação Prática:

Vivemos a possibilidade de “em Jesus” continuarmos na Aliança de Deus com seu povo escolhido e caminhamos pela fé na vida cristã, seguindo o caminho da maturidade e também do privilégio de sermos escolhidos por Deus, tendo acesso ao Criador do Universo, assim como o povo de Israel desfrutava da comunhão com o Eterno,  na época da escrita deste precioso salmo.

Um ponto em destaque neste salmo é a humildade e o reconhecimento daquele povo sofrido e provado pela permissão de Deus em poder caminhar até Jerusalém, durantes estas festas anuais, e reconhecer o que Deus havia realizado na vida deles.

Estamos com tantos problemas e vivemos em um mundo confuso que acabamos por não nos lembrar daquilo que Deus já fez. Muitos serão os motivos de louvor e agradecimento.

O salmista explana neste salmo que seu coração se contenta diante de Deus e seus olhos não são arrogantes, ou seja, não estão a procura de grandes coisas materiais, de projetos que o afastem de Deus.

Numa atitude de renúncia e contrição, o salmista explica que acalmou sua alma e compara o que sente, a uma criança que depende do carinho e da amamentação de sua mãe para sobreviver.

Esta criança, este bebê sozinho certamente, não sobreviveria as dificuldades em se manter vivo, sobrevivendo e crescendo até a idade jovem, se não fosse o acolhimento, o amor e a atenção contínua de sua querida mãe.

Assim, deve ser o nosso proceder perante o Criador do Universo, temos que estar sempre debaixo de seus cuidados, pelo seu acolhimento, pelo seu amor, recebendo o alimento para nossas almas dos céus, tendo a proteção de Deus e o incentivo em prosseguir na caminhada de fé.

Temos que ter esta consciência:- que por mais que fiquemos preocupados e ansiosos com nossos problemas, nada mudará ao nosso redor, pelo nosso medo, ou, por nossa angústia em relação às dificuldades que enfrentamos.

Somente uma vida com Deus, uma vida de fé no Salvador fará diferença para podermos enfrentar tudo o que estamos enfrentando.

Precisamos entregar nossas preocupações para Deus em oração, agradecendo por tudo o que Deus já fez e descansando no Senhor, confiando que Ele está agindo naquilo que não podemos agir.

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Por outro lado, mantendo a fé em Deus, acalmando o seu coração como o salmista acalmou, pensando na figura de uma mãe cuidando de seu próprio filho, então, certamente, você terá paz suficiente em sua vida para prosseguir e olhar para Deus e não para seus próprios problemas.

Este comportamento ativo em relação à renúncia, por nossas preocupações, e a descansarmos no Senhor, possibilitará mudanças significativas em nossa mente, e consequentemente em nosso comportamento.

Poderemos como Davi, que sempre passou por grandes perigos, caminharmos em direção a Jerusalém, peregrinarmos e agradecermos a Deus por tudo o que Ele já fez, continua fazendo e irá fazer por nós, e, em nós.

Não precisamos mais peregrinar, como os israelitas peregrinavam três vez por ano, nas festas de agradecimento ao Criador, mas precisamos entregar nossa vida e nossas preocupações nas mãos de Deus e sermos gratos a Ele sempre.

Agora peregrinamos na jornada cristã, diariamente, onde estivermos, seguindo os passos de Jesus Cristo, na estrada da maturidade e no modelo que Ele é.

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Reflita: Pare e pense. Comece a olhar para sua vida, neste momento presente, e mesmo, com todas as dificuldades enfrentadas, com os problemas que você está enfrentando, você está firme nas promessas de Deus e pode olhar para Deus, agradecendo a Ele, por tudo o que Ele já fez.

Agradeça a Deus, caminhe na estrada da maturidade, pensando menos nos seus problemas, deixando Deus agir, onde não podemos agir, e continue, trabalhando para o Reino, trabalhando para a Paz no coração daqueles que não tem paz. Deus nos abençoe na jornada difícil, mas, jornada que não estamos sozinhos.

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Seja sempre grato, a gratidão e o Louvor, acalmam nosso coração, nos dão paz e geram esperança.

Pr. Luiz Francisco Contri

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