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Momento Devocional IPCC – Problemas, Perseverança, Experiência

“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.”
Romanos 5:3,4

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 Nos últimos anos temos visto uma série de novos conceitos serem apresentados em nosso mundo secular, visando aumentar a produtividade nas empresas e na nossa própria vida pessoal.

Aparentemente, estes conceitos parecem ser bons e louváveis, mas muitos deles, se estabelecem na superação do homem, pela força do próprio homem, e sabemos, que pensando, exclusivamente, desta forma, estaremos indo na contramão dos princípios bíblicos que nos ensinam a depender de Deus sempre, e não apenas da nossa própria capacidade humana de vencermos obstáculos.

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Não estamos indo contra o que a ciência pesquisou, mas precisamos entender corretamente o que nos cerca, como cristãos, para podermos compreender o conceito da resiliência, sob a perspectiva bíblica que cremos.

A Resiliência é um destes conceitos que estão na mídia.

Você sabe o significado da palavra “resiliência”?

 Pesquisando na internet, algumas das definições e significado para resiliência, poderemos resumir o conceito da seguinte forma:

  • “Capacidade do ser humano ultrapassar limites, mesmo submetido a mudanças e pressões extremas, mantendo o equilíbrio emocional e retirando dentro de si forças para superar o alto grau de dificuldades a que foi submetido.”

As ciências ligadas à mente humana e ao comportamento, como a psicologia, a partir do começo do século XXI, nos apresentam o modelo de abordagem resiliente, a partir dos chamados “MCDs” (Modelos de Crenças Determinantes).

Estas “crenças” basicamente são estruturadas pelas experiências adquiridas: “conhecer, aprender, experimentar” os fatos da vida.

Estes modelos estruturados “MCDs” se baseiam na vida humana, nas seguintes características que podemos apresentar diante de uma adversidade: autocontrole (permanecer serenos em meio às lutas), leitura corporal (amadurecer no modo como reagimos quando a tensão e o estresse se tornam elevados), otimismo com a vida (capacidade de enxergar a vida com esperança, alegria e sonhos, sendo que o cultivo do otimismo pode ser despertado pela criatividade), análise do ambiente (capacidade de identificar as causas dos conflitos e suas relações no ambiente), empatia (promover relacionamento entre as pessoas), autoconfiança (ter convicção sobre sua capacidade no que for realizar e promover resultados eficazes), alcançar e manter pessoas (capacidade de interagir com pessoas, sem receios ou medo, dos novos relacionamentos, visando fortalecer sua rede de apoio), sentido da vida (capacidade de entendimento do propósito da vida, nas experiências difíceis vivenciadas, visando fortalecer o valor da vida e a preservando ao máximo).

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Sob a perspectiva destes estudos, o homem está no centro do seu destino, incentivado por estes oito fatores citados, adquirindo conhecimentos que o ajudam a avançar, confiando principalmente na experiência adquirida e no desenvolvimento da sua própria capacidade em reagir ao ambiente a que é submetido.

Interessante que estes princípios analisados cientificamente, e estruturados recentemente, são princípios milenares que estão descritos na Bíblia, mas não sob a ótica humana.

Na Bíblia encontramos estes valores sob a ótica cristocêntrica, onde Cristo sendo o centro de nossa vida, poderemos vencer os obstáculos e problemas pela fé, confiando Nele, em comunhão diária com Deus, através da oração e leitura da sua Palavra.

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A visão cristã para resiliência é que Cristo cresça e que eu diminua!

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Como cristão serei dependente de Deus e não da minha própria capacidade humana de superar obstáculos.

Alguns textos bíblicos que se referem a estas oito características humanas, que quando combinadas com a visão de Deus para a humanidade, Jesus Cristo agindo no homempoderão redundar em uma vida de fé, maturidade, superação e esperança, vejamos:

  1. Autocontrole – Provérbios 16:32, 2 Pedro 1:5-7;
  2. Leitura Corporal (controlar o nervosismo) –  Salmos 37:8, Efésios 4:26;
  3. Otimismo com a vida – Salmos 55:22, Provérbios 21:21, Filipenses 4:13;
  4. Análise do ambiente (causas dos conflitos e suas consequências) – Romanos 3:23, Romanos 5:8, Romanos 6:23, Gálatas 6:7, 1 João 1:9;
  5. Empatia (promover relacionamento entre as pessoas) – Mateus 22:39, Mateus 28:19, I Pedro 4:8-10, I João 4:8;
  6. Autoconfiança – Deuteronômio 8:17, Salmos 18:2, Samos 91:2, Isaías 12:2, Naum 1:7, João 3:30, 2 Coríntios 3:4-6;
  7. Alcançar e manter pessoas – Mateus 28:18-20, Atos 1:8, I Coríntios 9:22, Efésios 6:19-20, 2 Timóteo 3:16-17, I Pedro 3:15-16;
  8. Sentido da vida (em meio as provações) – Deuteronômio 6:5, Eclesiastes 2:11, Isaías 43:20-21, João 3:16, João 10:10, João 15:5, João 15;14, João 15:17, Romanos 3:24, Tiago 1:12;

Aplicação Prática:

Em linhas gerais o apóstolo Paulo nos apresentou uma sequência de fatos na vida que podem nos conduzir para a maturidade cristã, na seguinte ordem:

  • Problemas (tribulações e conflitos) produzem perseverança;
  • Perseverança produz experiência (um caráter aprovado ou maturidade);
  • Experiência (caráter aprovado ou maturidade) produz esperança;

Provações superadas, resultam em experiência (maturidade), a qual por sua vez ativa a esperança pela glória de Deus.

O apóstolo Paulo não trabalha com objetivos de persistência obstinada, alicerçados em recursos humanos, ou tão pouco em motivações de autoajuda.

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Paulo demonstra claramente que o vigor, a energia necessária, a capacidade que temos para vencermos os obstáculos, vem do amor de Deus sobre nósnasce de um relacionamento de esperança em Jesus, que glorifica a Deus, nesta existência, e nos ativa a esperança da vida eterna.

“E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.”
Romanos 5:5

O texto bíblico nos informa que a esperança vem de Deus, vem de uma vida com Deus. Deus nos concedeu o seu amor:-  uma nova vida através de Jesus Cristo, que morreu em nosso lugar, nos justificando, nos regenerando, nos dando esperança para vivermos esta existência na dependência do Criador.

O contexto de Romanos 5 descreve a justificação pela fé.

Estaremos unidos com Deus, não pelo que somos, ou por nossos próprios méritos humanos, mas estaremos com Deus, justificados por Cristo, que pagou as nossas dívidas para com o Criador.

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Vamos fazer uma simulação, imagine o que você sentiria, se alguém que você não conhece, fosse ao Banco, e pagasse todos os seus boletos, quitasse trinta anos de prestação do financiamento da casa própria que você adquiriu, quitasse o carnê dos dois carros que você financiou em cinco anos.Todos seus boletos quitados, retirando de você todo o peso de suas dívidas financeiras, e mais do que isto, o gerente do banco, dizendo para você:- que de agora em diante, esta pessoa que você não conhece, seu novo amigo, quer caminhar ao seu lado, deseja que você possa conhecê-lo (se relacionando com ele), te ajudando sempre, durante a sua existência.

Você teria acesso a este amigo, para poder pedir o que desejasse, de acordo com os princípios dele, respeitando a vontade dele, possibilitando à você não mais caminhar sozinho, mas depositando sua confiança nele, na dependência de poder viver com ele, uma nova vida com seu apoio.

Dá para imaginar o alívio que teríamos, não tendo mais preocupações financeiras, porque um amigo pagou todas as nossas dívidas e deseja nos ajudar daqui para a frente.

Esta simples ilustração dá para explicar o que Deus fez por nós, através de Jesus, tirando o peso da desobediência, do pecado, de uma vida vazia e sem propósitos.

Jesus nos liberta do deserto de nossa própria existência, de nossas próprias culpas, medos, ansiedades e dívidas.

O amigo Jesus bate à nossa porta e deseja caminhar conosco, deseja nos dar a sua paz, muito maior do que o alívio de vivermos sem dívidas financeiras.

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Nossa vida de esperança com Deus, vivendo através do nosso comportamento cristão, permitirá que o amor que recebermos de Deus, possa sempre ser compartilhado com nossos semelhantes, independente das pressões e estresse que vivenciarmos em nossa jornada terrena.

O apóstolo Paulo não trabalha com conceitos focados no homem, e na sua própria capacidade humana, mas ressalta que a nossa capacidade para a maturidade, virá da fonte eterna que nos criou, o próprio Deus.

As nossas batalhas e lutas da vida, nossos problemas diários, em conjunto com a fé que professamos no nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo, nos moldarão, nos aperfeiçoarão dia após dia, ao enfrentarmos todo tipo de circunstâncias adversas, e irão nos transformando no modelo de homem perfeito, Jesus Cristo, que veio até nós para ensinar e praticar o equilíbrio, o amor e a esperança que devemos ter em meio aos desafios desconhecidos.

Precisamos compreender este conceito da resiliência, sob nossa ótica cristã, entendendo que sermos resilientes é podermos perseverar na fé, sofrendo com Cristo e por Cristo, quando Cristo nos informa que quem desejar segui-lo deverá carregar a sua própria cruz.

“Então Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará.” Mateus 16:24,25

Ou, lembrando que no mundo teremos aflições, dificuldades por sermos cristãos e defendermos os valores bíblicos, conforme Jesus nos ensinou:

“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. João 16:33.

Jesus nos apresentou o modelo da resiliência (tendo paz, mesmo convivendo com aflições) e superação (vencendo o mundo), se estivermos ligados com Ele, em um relacionamento de fé e amor, sendo seus discípulos.

O objetivo supremo, desejado por Deus para nossas vidas, é:- que possamos glorificá-lo, nos fortalecendo com Cristo, e em Cristo, agindo através de nós, não para nós sermos mais produtivos ou quase um super-herói no ambiente que estivermos inseridos, mas que pareçamos cada vez mais com o modelo de homem projetado por Deus, em nossas vidas, conforme o texto bíblico escrito por Paulo, aos Romanos, nos ensina:

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Romanos 8:28,29

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Não importa as lutas e dificuldades que você enfrentará, a Bíblia nos afirma que se estiver com Deus, através de Cristo Jesus, Deus agirá em todas as coisas (as boas e as ruins que acontecerem com você), porque Deus te escolheu e acolheu na família celestial, com um propósito maior de você poder crescer na maturidade de uma vida que possa demonstrar à imagem de seu Filho, a imagem de Cristo, em meio às pressões extremas do mundo moderno.

Que Deus nos ajude a dependermos Dele para o glorificarmos e vencermos as grandes batalhas!

Pr. Luiz Francisco Contri

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