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#palavrasnocaminho – A responsabilidade

A RESPONSABILIDADE

 “Não posso levar todo esse povo sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim.
Se é assim que vais me tratar, mata-me agora mesmo; se te agradas de mim, não me deixes ver a minha própria ruína”.
E o Senhor disse a Moisés: “Reúna setenta autoridades de Israel, que você sabe que são líderes e supervisores entre o povo. Leve-os à Tenda do Encontro, para que estejam ali com você.
Eu descerei e falarei com você; e tirarei do Espírito que está sobre você e o porei sobre eles. Eles o ajudarão na árdua responsabilidade de conduzir o povo, de modo que você não tenha que assumir tudo sozinho.”
Números 11:14-17

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O cenário que este texto se insere, aconteceu três dias após o povo de Israel ter sido libertado por Moisés, pela ação sobrenatural de Deus, libertando aquele povo da escravidão no Egito. E o povo já começava a murmurar e reclamar com Moisés das condições que eles estavam agora vivenciando, como por exemplo a falta de água. A reclamação não era apenas com Moisés, mas com Deus que os havia conduzido livres do Egito. Era um povo de coração imaturo que mesmo vendo os milagres e a ação sobrenatural do Criador, provendo grande livramento, ainda assim tinham um coração pecaminoso, duro diante de Deus. Porém, Deus se manifestava com este povo com muita misericórdia e amor, não os destruindo com sua ira, porque não podia se contradizer em relação às promessas passadas feitas aos seus antepassados, especialmente para Abraão, dizendo que aquele povo seria uma grande nação, seria um povo abençoado.

 Deus ia conduzindo seu povo, seu líder Moisés, com misericórdia, dando soluções para que eles pudessem avançar, cumprindo seus propósitos pré-estabelecidos. Deus não poderia se contradizer em suas promessas feitas para os principais pais da nação israelita, como as promessas escritas em Gênesis capítulo 12.

Então, Moisés, apesar de estar conectado com os céus, em comunhão com o Criador, estava ficando cansado de tantas reclamações, e então pede ajuda para Deus, dizendo: “Não posso levar todo esse povo sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim.”

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E Deus proveu uma solução para aquele povo, naquele momento, atendendo ao líder Moisés, ordenando que ele separasse setenta autoridades de Israel, que Deus comentou com Moisés, que você sabe que tem o perfil de líderes e supervisores, para poder dividir com Moisés esta responsabilidade tremenda de conduzir aquele povo. Na realidade Deus havia escolhido Moisés para conduzir o povo e Moisés continuaria sendo o grande líder de Israel, mas agora dividiria atividades, tarefas com seus subordinados, com líderes e supervisores de confiança que o ajudariam na tarefa principal de:- agradando a Deus e o obedecendo, levar o povo e a nação de Israel para o lugar que Deus havia previamente planejado.

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Importante que nesta ordem que Deus deu para Moisés, existem duas atitudes esperadas por Deus de seu líder Moisés: 

  1. Moisés realizaria a tarefa e não Deus: uma atitude humana que Moisés tomou de poder, obedecendo à Deus, tomar uma decisão e escolher setenta líderes e supervisores. Era Moisés que deveria escolher quem tinha o perfil de liderança, e era de sua confiança para exercer parte de sua tarefa. Interessante que Deus não fez isto para Moisés, apenas o conduziu na direção que Ele o orientou, mas Moisés continuou realizando seu trabalho de liderança, escolhendo líderes de sua confiança;
  2. Confiança e dependência de Deus:  Moisés acreditou que a solução dada por Deus, iria ajudá-lo na empreitada, e neste sentido, Deus lhe disse que : “tirarei do Espírito que está sobre você e o porei sobre eles.”, ou seja, possibilitaria que aqueles líderes fossem também guiados pelo Espírito Santo de Deus;

Deus estará sempre pronto para nos ajudar, quando conectados com Ele em oração, tivermos sabedoria de dirigirmos os nossos questionamentos, e termos paciência para ouvirmos sua voz, e suas respostas sobre nossa vida.

Ele não faz aquilo que nós deveremos fazer, mas Ele sempre nos conduzirá na direção certa. Assim, aconteceu também na época que Jesus realizou diversos milagres na terra, sempre com a participação das pessoas que estavam ao seu entorno. Jesus poderia realizar os milagres sozinhos, mas eram realizados com a participação dos homens que confiavam em sua palavra. Assim, Deus espera de nós, hoje, também, que confiemos nele e façamos nossa parte, participando do milagre que virá sobre nossas vidas.

Podemos extrair algumas lições práticas para nossa vida pessoal, profissional, nas nossas tomadas de decisão, quando passarmos por momentos que estaremos nos sentindo sobrecarregados, sozinhos e clamarmos por ajuda.

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  1. Não estamos sozinhos. Quando Deus nos escolhe para desempenharmos uma tarefa, ou, colocarmos em prática nossos dons e talentos, Ele não nos deixa sozinhos! Deus sabe que a jornada nossa, sob Sua liderança e condução é uma caminhada dura, às vezes difícil, e em muitas circunstâncias nos sentiremos fragilizados, cansados, sobrecarregados, desanimados com o que perceberemos ao nosso redor. Moisés ficou decepcionado com aquele povo. Certamente, ficaremos decepcionados com pessoas, com sua ingratidão, e precisaremos depender em muitos momentos, muito mais de Deus, do que da nossa capacidade humana. Quando você se sentir sobrecarregado, não queira carregar o fardo sozinho, faça como Moisés, peça ajuda para Deus, ore, grite, clame, mas peça ajuda para Deus que certamente, lhe mostrará a melhor resposta.
  2. Não é vergonha, ou demérito dividirmos responsabilidades, ou delegarmos tarefas e atividades. É muito importante termos humildade de reconhecermos nossas limitações e pedirmos ajuda. É prudente, e muitas vezes sábia a decisão de podermos pedir ajudar e delegarmos tarefas e responsabilidades. Isto não significa que na primeira pressão que sofrer vou pedir socorro e ajuda. Absolutamente não, mas se estivermos conectados com Deus, teremos a sabedoria de Deus, agindo em nossas vidas, para sabermos se aquela responsabilidade é nossa ou não. Teremos consciência do esforço que estaremos realizando (se suportaremos ou não), e, também se é uma situação para se dividir esforço e responsabilidades. Teremos maturidade para podermos exercer o nosso papel e responsabilidades, e sabermos se é dever nosso delegarmos tarefas e pedirmos apoio às pessoas que confiarmos, e como Moisés, entendermos que tenham o perfil para realizar aquilo que nós estaremos dividindo como atividades a serem cumpridas.
  3. Cada vez mais estaremos sendo submetidos às circunstâncias de pressão intensa e extrema. Estamos falando no texto bíblico, da época de Moisés, há mais de três mil anos. Hoje, no século XXI, com o advento e aplicação da tecnologia em nossas vidas, percebemos que a mesma contribuiu muito para nos ajudar nas tarefas diárias, por outro lado, precisamos tomar cuidado com as “facilidades” e “benefícios” que temos neste presente momento, para entendermos que não somos máquinas, e, portanto, precisamos reconhecer nossas limitações, tendo conexão com Deus para suportarmos estas pressões, até o limite do que é aceitável fisicamente, emocionalmente, para entendermos qual é a perfeita vontade de Deus para nossas vidas, nossa qualidade de vida espiritual também.

Reflita: Que Deus te abençoe nesta nova semana de vida, possibilitando que você desempenhe seu papel com responsabilidade, mas sempre conectado com Deus, sabendo o momento certo de delegar tarefas, não se estressando, cuidando da sua saúde física, emocional e espiritual, tendo maturidade para viver uma vida plena e feliz, desfrutando do amor de Deus, com equilíbrio, e sempre experimentando qual seja a perfeita vontade de Deus para sua vida. Lembre-se sempre: você não está sozinho. Deus está sempre pronto para ouvir sua oração!

Pr. Luiz Francisco Contri

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