“Esta é a minha oração: que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção”  Filipenses 1:9

O apóstolo Paulo se dirigindo aos irmãos filipenses, lhes informa que sua oração é que eles possam crescer em maturidade cristã, desenvolvendo o amor que eles tem, baseado não em sentimentos, mas na Graça Salvadora de Jesus Cristo, no conhecimento que eles possuem da Graça de Deus que age em seus corações.

Solicita o apóstolo que este amor seja fruto de uma vida de gratidão a Deus pela salvação em Jesus Cristo, do conhecimento na obra Redentora de Jesus, começada neles e que possibilitou a regeneração de suas vidas.

Este amor estava baseado no que Jesus Cristo havia feito pelos filipenses e Paulo desejava e pedia para Deus:- que este amor pudesse crescer proporcionalmente, no seu coração e também com todo discernimento e percepção na mente daqueles irmãos.

Paulo basicamente desejava que os primeiros cristãos pudessem ter o amor de Deus em seu coração e que este amor pudesse ser praticado através de suas decisões tomadas pelo entendimento da vontade de Deus em sua mente.

O coração e a mente (cérebro) do cristão devem caminhar de mãos dadas.

Aplicação Prática:

Vivemos dias em que percebemos que o individualismo e o egoismo predominam no mundo. As pessoas vivem pensando apenas em si mesmas e andam na contramão do ensinamento de Jesus Cristo nos evangelhos em poderem amar uns aos outros e também a Deus sobre todas as coisas.

O discernimento entre o “certo” e o “errado” está cada vez mais confuso no pensamento das pessoas. Vivemos uma época de inversão de valores, aquilo que para alguns era errado no passado, hoje pode ser considerado certo. Tempos difíceis de falta de amor entre as pessoas e falta de podermos fazer e realizar o que é correto e esperado por Deus, desafio para nós que nos consideramos cristãos.

O amor que Paulo pregava era um amor baseado no fato histórico, incontestável naquela época, que era a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

O amor de Deus expresso para a humanidade, no tempo e no espaço, enfim na história da humanidade, era algo comentado nestes primeiros momentos da igreja primitiva, de tal forma que os irmãos filipenses ao receberem este desejo do apóstolo, através de sua oração, puderam ser incentivados no sentido de crescerem espiritualmente num amor não apenas teórico, fortemente baseado no conhecimento da mensagem de Salvação em Jesus Cristo, como também na percepção e discernimento de poderem sozinhos caminharem na vida cristã, praticando o que era correto e esperado por Deus.

Deus deseja que quando estivermos sozinhos possamos ter o amor de Cristo sendo expresso através de nossas vidas e que também possamos tomar as decisões corretas, fazermos o que é certo e esperado por Deus, mesmo quando não tivermos ninguém nos observando.

Paulo orava para que os filipenses pudessem, baseados na regeneração de Jesus Cristo, atuante em seus corações, receberem o discernimento entre o “certo“ e o “errado“, diferenciando o “bem“ do “mal“, tendo estes valores éticos e morais bem claros em suas vidas.

Paulo desejava que sua oração fosse atendida por Deus para que o entendimento, atuando sobre a inteligência, sobre a mente, daqueles primeiros cristãos, pudessem incentivá-los a uma jornada cristã de testemunho e que representasse os passos de Jesus Cristo aqui na Terra, mesmo quando o apóstolo estivesse distante deles.

Precisamos hoje, como o apóstolo Paulo orou, também orarmos para que Deus desenvolva nossa maturidade espiritual, baseada na Graça Salvadora de Jesus Cristo e no amor de Deus, que age em nossas vidas nos regenerando, transformando e nos capacitando em cada dia que vivermos, para seguirmos a Jesus e também tomarmos as decisões certas e corretas, de tal modo a realizarmos à vontade de Deus, para que o mundo possa ficar impactado com nosso amor praticado e com a vida de Cristo que se expressa através de nossas vidas.

Deus nos ajude a crescermos em maturidade cristã e desenvolvermos o amor de Deus, atuando através de nós.

Pr. Luiz Francisco Contri