“Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa. Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança pela graça,dê ânimo aos seus corações e os fortaleça para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras.”
2 Tessalonicenses 2:15-17
A Igreja em Tessalônica estava sendo bombardeada no primeiro século por falsos ensinamentos à respeito da segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Alguns cristãos estavam sendo influenciados e enganados por ensinamentos equivocados de falsos mestres.
Existia uma confusão na mente daqueles cristãos e o apóstolo Paulo combate as falsas ideias que haviam sido ensinadas a eles.
O falso ensino era que o “Dia do Senhor“, que seria o dia da segunda vinda de Jesus Cristo já havia acontecido, trazendo com ele as tribulações e problemas que aqueles primeiros crentes estavam passando.
Neste mesmo capítulo 2, da segunda carta aos Tessalonicenses, versículo 3 e 4, o apóstolo Paulo mostra claramente para eles, quais seriam os eventos que precederiam a vinda de Jesus Cristo, especialmente a apostasia (negação da religião, abandono da fé cristã) destes dias, diferentemente do que eles estavam entendendo, de forma errada, por influência de falsos mestres.
O apóstolo Paulo, através de sua carta, os traz à realidade bíblica, às verdades bíblicas.
Diante deste cenário, em que muitos cristãos estavam confusos, o apóstolo Paulo os exorta para apegarem-se às “tradições”, que tinha por significado:- ficarem firmes na verdade revelada de Deus, no evangelho e nas verdades bíblicas que não contém erro.
Paulo também reforça o papel e responsabilidade deles, como cristãos, em um mundo longe de Deus e confuso:- realizando o bem com suas vidas, com seu comportamento cristão, tanto em ações realizadas, como com suas conversas e palavras pronunciadas.
Aplicação Prática:
É interessante que os textos bíblicos escritos há dois mil anos, no primeiro século e que compõe a Bíblia Sagrada, continuam vivos e parecem que foram escritos de forma específica para a Igreja do século vinte e um.
Se você olhar a prática religiosa hoje, tanto nos programas chamados de “evangélicos” na sua TV, como na manifestação de muitos locais, chamados de “igrejas” ao seu redor, você como um autêntico cristão ficará indignado.
Confrontando com o que a Bíblia nos ensina, você perceberá claramente, como muitos estão caminhando à luz de falsos ensinamentos, de falsos mestres e vivendo na contramão do verdadeiro evangelho registrado nas escrituras, pelo nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus curava uma pessoa especifica na multidão por causa da dureza do coração daquele povo que vivia longe de Deus, para mostrar o seu poder para o mundo.
Quando você lê no evangelho de João, Jesus entrando no tanque de Betesda, onde existiam centenas de doentes, você verá que Jesus ali naquela situação, curou apenas o paralitico que estava ali há trinta e oito anos, apesar de lá existirem centenas de doentes, com diversas enfermidades.
O motivo de Jesus agir desta forma, não curando a todos naquele tanque, está descrito no versículo 21, do capítulo 5 do evangelho de João:
“Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer dá-la.” João 5:21
Jesus, Deus conosco aqui na Terra, na ocasião que visitou todos àqueles enfermos deu vida apenas e tão somente a um. Ele dá vida e cura quem Ele desejar. Ele é Soberano e como Deus escolhe quem Ele quer.
O objetivo de Jesus, como deve ser o objetivo da Igreja que segue a Cristo, através da leitura da Bíblia hoje é:- a salvação dos perdidos, a busca e salvação daqueles que o Senhor chamar.
Deus pode curar pessoas hoje, certamente pode, Ele é Deus e continua abençoando pessoas, segundo a Sua Soberana Vontade, mas este não deve ser o objetivo da liturgia de um Culto ao Senhor.
Vemos em programas “evangélicos” na TV e ao nosso redor, locais de “culto“, cujo centro das atenções é o ser humano (e não Deus), locais que visam o bem estar do ser humano e não a Glorificação do Eterno.
Pessoas que buscam soluções imediatas para seus próprios problemas (saúde, financeiros, vícios, conjugais, etc), se aproximando destes locais que incentivam falsos ensinamentos, especialmente os praticados pela falsa “Teologia da Prosperidade“, que reinterpretam os ensinamentos Bíblicos, de acordo com seus interesses, um falso evangelho cujo centro das atenções é o bem estar das pessoas.
Um falso evangelho que não tem base bíblica e cujo objetivo principal é atrair pessoas e dar a elas o que elas querem: saúde (curas à qualquer custo, através de falsas sensações de bem estar emocional, de sugestões e estímulos às pessoas se sentirem bem, e muitas pessoas acabam deixando seus tratamentos médicos e de saúde, por acreditarem que foram curadas, quando na verdade não foram. Muitas pessoas morrem pela irresponsabilidade de falsos pregadores que sugestionam na mente das pessoas “falsos milagres” que não aconteceram).
A maior parte das pessoas é atraída pelos ídolos modernos, como o dinheiro, e então, fazem “sacrifícios” para fazerem trocas e barganhas, com um “falso deus”, porque o Deus da Bíblia não faz barganhas com seus escolhidos. Entregam o que tem, por pura ganância e egoísmo de desejarem ficar ricas. Fazem promessas e sacrifícios para conseguirem algo em troca, para ficarem ricas, muito ricas; tão ricas como os milionários líderes destas organizações não cristãs, porque muitos estimulados pela busca da riqueza, devolverão para seus guias, mais e mais dinheiro.
Quanto mais pessoas ficarem ricas, melhor será para os líderes gananciosos destas falsas instituições, que desmoralizam o ensinamento bíblico, com suas práticas anti-cristãs.
Falsos pregadores, cegos por Satanás, levando pessoas cegas para o inferno junto com eles.
O objetivo destas pessoas em estarem nestas falsas “instituições religiosas” é sua prosperidade material, estimulada pelo testemunho de pessoas, informando que “não tinham nada” e agora “tem tudo” o que desejam.
Um “falso evangelho” focado no “aqui e agora”, no bem estar do ser humano, centralizado naquilo que atrai multidões:- o dinheiro, os bens materiais, a cura física do corpo.
Este não é o evangelho da Bíblia, não é o evangelho ensinado por Jesus Cristo.
Os verdadeiros cristãos, que sempre buscaram na Bíblia as diretrizes para sua caminhada cristã, percebem claramente estas distorções e fogem destes ensinamentos, deste tipo de instituição “não cristã”.
As boas novas que aprendemos em nossa infância e que nos foram trazidas, de geração em geração, por homens de Deus no passado, se encontram apenas e tão somente na Bíblia Sagrada.
O Evangelho da Bíblia é centralizado na pessoa de Jesus Cristo. Nossos cultos devem ser cristocêntricos.
O objetivo de nossos cultos deve ser unicamente a Glorificação de Deus.
A mensagem pregada em nossas igrejas deve estar focada no evangelho de Jesus, na nossa salvação eterna e não na solução de nossos problemas pessoais desta existência.
Como cristãos somos desafiados, nestes primeiros anos do século vinte e um, a vivermos o evangelho ensinado na Bíblia, quer através de nossos atos, quer através das nossas conversas particulares, das palavras que pronunciarmos para as pessoas que estão ao nosso redor, neste mundo que vive longe de Deus.
Quando os cristãos da Igreja de Tessalônica começaram a sofrer influências externas de pensamentos do mundo de sua época, imediatamente o apóstolo Paulo estava lá para esclarecer a confusão, para trazê-los para a verdade bíblica e fazê-los caminhar na estrada ensinada pelos profetas bíblicos, pelos apóstolos, pela Palavra de Deus revelada.
Precisamos reforçar nosso esforço pessoal no aprendizado das verdades bíblicas, compreender a Bíblia, desejar aprender seus ensinamentos, entender perfeitamente o significado das mensagens reveladas por Deus para nós e sobretudo colocar em prática estes ensinamentos, com nosso comportamento, com nossos atos e o bem que realizarmos nesta existência, termos cuidado com os nossos comentários, com as mensagens verbais que estaremos dando às pessoas que ainda não conhecem a Cristo.
Precisamos intensificar nossa comunhão com o Criador, através do exercício da nossa fé, através das nossas orações diárias pela nossa Igreja, pela nossa liderança, pelos irmãos da nossa comunidade e por aqueles que Deus irá chamar. O amor aprendido na Bíblia tem que ser praticado por nós.
Deus nos abençoe no sentido de lermos com dedicação a Bíblia, de praticarmos o que aprendemos através de nossos atos e de nosso falar.
Pr. Luiz Francisco Contri
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