O ELO
Vivemos uma época de muitas religiões, muitos deuses, muitas filosofias de vida, muitas igrejas, muitos ídolos (ídolos antigos de pedra, gesso, barro e ídolos modernos: dinheiro, sexo, culto ao corpo e a saúde, tecnologia, etc), muitos programas religiosos na TV e pouco ou nenhum reflexo da presença de Deus no coração das pessoas. Na sua essência “Deus é amor” e o amor inexiste no coração dos homens. O ser humano está perdido.
Nesta época de tantas mudanças e tecnologia, o amor é como uma “moeda rara“:- quem toma a decisão de amar, causa impacto, quem recebe um ato de amor, fica assustado, não é comum alguém amar sem interesse, ou, alguém receber um ato de amor sincero, sem ficar incomodado, e até mesmo, pensar: qual é o interesse desta pessoa em ser desta forma, ou fazer o que ela está fazendo por mim, o que ela deseja comigo?
Pode observar, as pessoas estão juntas fisicamente, mas totalmente separadas no que diz respeito ao amor, respeito ao próximo, se preocupar com o outro, exercer comunhão.
Pessoas ligadas por uma religião, igreja, encontro religioso, filosofia de vida mas totalmente indiferentes umas com as outras.
Pessoas egoístas, voltadas para si mesmas, incapazes de se preocuparem com seu próximo, incapazes de se alegrarem com o sucesso do seu semelhante (sem sentirem inveja), incapazes de se compadecerem com os que estão passando por dificuldades, cada uma procurando seus próprios interesses, como se fossem robôs, máquinas que não tem poder de reflexão sobre suas ações, sem emoção e sentimentos, apenas programadas para viverem para seu próprio prazer e consumo, sem nenhum tipo de reação, sem nenhum tipo de expressão de alegria verdadeira, gratidão, comunhão com seu semelhante, ou amor praticado.
Não deveria ser assim, se as religiões, igrejas, filosofias de vida, e tudo aquilo que as pessoas dizem acreditar e seguir nesta existência, realmente as pudessem conectar com o Criador, certamente, nosso mundo seria diferente, e o amor seria algo normal, disseminado nos seres humanos.
Nesta época de Natal precisamos refletir sobre que tipo de amor estamos praticando, sobre que tipo de ligação e elo temos com Deus, amamos a Deus, ou, aos nossos interesses humanos, entregamos nossa vida para o Criador, através de Jesus, que nasceu para que tivéssemos vida, ou praticamos atos religiosos, rituais para termos bem estar com nossa mente, e nos sentirmos sem culpa, ou, simplesmente, porque nos acostumamos e gostamos de eventos, gostamos de nos reunir socialmente, gostamos de cantar ou “carregar as baterias da fé“, como dizem alguns. Talvez, o natal seja mais um evento em nosso calendário anual, ou um tempo comercial de “podermos nos sentir bem“.
Natal é o amor de Deus praticado em nosso favor!
Natal é o nascer do Deus Menino no tempo e espaço, profetizado centenas de anos antes de sua vinda pelos profetas bíblicos do Antigo Testamento. Natal é Deus provendo o elo que faltava para nos religar com Ele, o elo do amor incondicional, o sacrifício perfeito, diferente do sacrifício religioso praticado pela religião vigente na época, em oferecer animais e cordeiros que eram sacrificados para obter propiciação (ato de justificar o pecador, ou remover a culpa do pecado, através de um sacrifício), Cristo se ofereceu para morrer em nosso lugar e de toda a humanidade para que pudéssemos ter uma nova vida, nos justificou perante Deus, perdoou os nossos pecados, se sacrificando em nosso lugar.
Natal é tempo de novo nascimento, esperança de amor. Natal é o amor derramado por Deus em nosso favor, para que possamos amar de verdade este amor vivido, ensinado e praticado por Jesus.
“Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.”
Colossenses 3:14
Jesus nos conecta com o Criador, com Deus Todo-Poderoso que nos amou primeiro, e deseja, que o amemos de verdade, e também, exerçamos este amor com nosso próximo.
Jesus é o elo do amor de Deus para a humanidade!
Sem o amor de Deus por nós, Jesus não teria vindo até nós, não teria nascido numa manjedoura, não teria nos ensinado como um ser humano deveria viver, não teria praticado comunhão diária com seus discípulos e apóstolos, não teria morrido em nosso lugar, não teria ressuscitado para que pudéssemos ter vida e comunhão com Deus, paz em nossos corações e vida eterna.
O amor é tudo. O amor é o elo perfeito!
Sem o amor o homem não sobreviverá. Sem Jesus, que é a expressão suprema do amor de Deus por nós, em nossos corações e mentes, viveremos esta existência de forma vazia, sem luz, sem vida, sem paz, sem esperança, sem amor praticado, sem comunhão com Deus, sem elo com nosso semelhante.
É tempo de relembrarmos o Natal e a esperança viva que é Jesus. É tempo de nos questionarmos, olharmos para nós mesmos e verificarmos se estamos praticando o amor de forma prática, tangível, concreta, real. É tempo de verificarmos se estamos montando a “Ceia” apenas no Natal. O objetivo da ceia natalina deveria ser relembrarmos da comunhão e praticarmos a comunhão todos os dias. Não precisamos ter festa, presentes, “comes e bebes” para termos comunhão, precisamos ter boa vontade em nos reunirmos com nossas famílias, com nossos amigos, com aqueles que dizemos amar.
O Natal nos ensina que o amor de Deus não pode ser teórico, ou apenas religioso, para cumprirmos rituais, mas deve nos remeter para uma comunhão intensa com Deus Pai em cada dia do ano.
O amor de Deus é vida por nós através de Jesus, e esta vida que pulsa de um coração cristão autêntico ( quando temos Jesus de verdade, habitando em nossos corações) será oferecida para nosso semelhante.
Sem Jesus em nós, não temos vida e amor para oferecermos para nosso semelhante. Sem Jesus não temos comunhão com Deus e com nosso semelhante.
Jesus viveu entre nós para que nós pudéssemos viver para Deus e para nosso semelhante.
Jesus é o elo do amor de Deus revelado para nós, para que assim como Ele se ofereceu por nós, nós possamos nos oferecer em amor para Deus e nosso semelhante. Que você possa olhar para o pinheiro iluminado de Natal e pensar, de forma representativa, que na sua extremidade superior você tem o elo do amor de Deus, a luz de Jesus Cristo oferecida para a humanidade, e pensar nos ramos desta árvore, como a humanidade que precisa se unir e estar iluminada pelo amor e comunhão que vem de Jesus, que provém de Deus.
Precisamos da luz de Jesus, precisamos do elo de amor com o Deus Eterno, precisamos estar ligamos com a luz de Cristo, refletindo em nossas vidas, nos ligando com os ramos da humanidade que Deus permitiu estivessem ao nosso redor, precisamos estar em comunhão com a luz do Deus Soberano, do Pai da Eternidade, do Príncipe da Paz e com nossos semelhantes.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.”
1 João 4:7-12
Reflita: Natal é o amor de Deus, manifestado em Jesus, manifestado em nossos corações de forma prática, provocando mudança de vida em nós, novo nascimento, novo comportamento, novas atitudes de vida, provocando comunhão verdadeira. Quem ama tem prazer de estar “juntos e ligados” na Igreja, em família, com os amigos. Quem ama tem prazer na comunhão com Deus e com seu próximo. Tenha um Natal do amor verdadeiro, tendo a pessoa de Jesus, manifestada no seu coração e no coração de todos os que o rodeiam.
Pr. Luiz Francisco Contri
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