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Momento Devocional IPCC – Comportamento cristão

“O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: “Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”. Êxodo 32:1

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(O Bezerro de Ouro)

Quem não gostaria de estar com a presença de Deus em sua vida?

Infelizmente não teremos uma resposta única, informando que todos gostaríamos de estar na presença de Deus.  Muitos hoje em dia desejam viver uma vida nos prazeres momentâneos que este mundo oferece. Não reconhecendo Deus em seus caminhos. Quando estamos em pecado fugimos de Deus, queremos nos esconder. O homem que crê em Deus sabe do peso do pecado e do que significa estar debaixo da ira de Deus.

O texto bíblico citado foi extraído de um contexto bastante delicado no que diz respeito a obediência aos preceitos de Deus. O povo de Israel, apesar de ver com seus próprios olhos, as manifestações sobrenaturais de Deus, como sua libertação do Egito e o mar Vermelho se abrindo (Êxodo 14:21) era um povo infiel que não conseguia respeitar a lei de Deus.

No capítulo 31:18 do livro de Êxodo vemos Moisés se encontrando com Deus no Monte Sinai e recebendo do próprio Deus as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra escritas pelo dedo do próprio Deus, no entanto, no capítulo seguinte vemos a construção do bezerro de ouro pelo povo de Israel, um povo infiel à aliança com Deus, um povo que achava que Moisés estava demorando demais para descer do monte ou que talvez tivesse até morrido. Um povo que apesar de presenciar as manifestações sobrenaturais de Deus, de salvação sobre suas vidas, não tinha relacionamento com o Criador, na primeira oportunidade davam às costas para Deus e buscavam seus próprios caminhos.

No versículo 10 do capítulo 32 Deus propôs a Moisés acender seu furor, sua ira sobre o povo de Israel, porém no versículo 11, Moisés intercedeu pelo povo junto a Deus, suplicou a Deus mais uma oportunidade ainda estando no Monte Sinai com as tábuas da lei. Moisés estava com muito medo da ira de Deus sobre o povo de Israel e suas famílias e neste sentido intercede pelo povo à Deus (descrito nos versículos 11 à 13).

No versículo 14, a Bíblia descreve que Deus ouviu a oração de Moisés e não mais iria fazer mal a Israel.“E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo.” Êxodo 32:14

Aplicação Prática:

Em nossa época existem pessoas como Moisés, que andam com Deus, que tem relacionamento efetivo e pleno com Deus, mas também existem pessoas que constroem seus próprios bezerros de ouro, através da prática consumada do pecado voluntário.

O povo de Israel achava justificativas para poder consumar o seu pecado voluntário. No caso específico da subida de Moisés ao Monte Sinai, acharam que seu líder estava demorando demais e isto, já era motivo suficiente para construírem um ídolo para adorar, no caso o bezerro de ouro. Hoje, vemos pessoas que se dizem cristãs, justificando, justificando seu estilo de vida, seus pecados e desejos pecaminosos, com frases do tipo “isto não é bem assim“, ou “estamos na época da Graça” ou “eu posso fazer isto, porque não pertenço aquela denominação religiosa“, ou “fazendo algo que desagrada a Deus, na frente de outros cristãos, dizendo: você não vai ficar chocado, vai?”, ou “ninguém é perfeito, todo mundo peca“, ou “não vivemos pelas obras, somos Salvos pela Graça”, ou “Jesus transformou água em vinho de verdade, e então eu posso beber” e frases semelhantes a estas, que nos justificam e não acusam nossa mente.

Todas estas frases dão tranquilidade para o coração de quem quer viver o estilo de vida que o mundo vive, mas certamente não podem agradar a Deus. O apóstolo Pedro referindo-se ao Antigo Testamento, no versículo 16, nos incentiva a vivermos com temor na nova aliança também, no versículo 17, pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”. Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês.” 1 Pedro 1:16,17

Vou dar um exemplo prático em relação a beber com moderação, que é a justificativa que muitos cristãos dão para consumirem bebidas alcoólicas e até beberem na presença e na companhia de outras pessoas não cristãs, de forma natural, sem a menor noção. Outros cristãos e até líderes de igrejas, postam fotos na rede social bebendo naturalmente, sem se preocuparem com o impacto destas imagens, na vida de quem não conhece a Jesus Cristo. Talvez você, que já é cristão, tenha maturidade e saiba beber com moderação alguma bebida alcoólica.

Talvez você tome apenas uma latinha de cerveja, ou uma taça de vinho e não queira destruir seu corpo. Talvez você entenda que é fino colocar uma foto sua, na rede social, degustando uma excelente marca de vinho. Porém, aquele jovem que não é cristão e é viciado em bebidas alcoólicas e outras drogas, que está acostumado num churrasco a tomar acima de 6 latinhas de cerveja, que no dia a dia, não vive sem a bebida alcoólica, sem as drogas, jamais mudará de vida, convivendo com você (presencialmente ou vendo suas postagens com bebidas na rede social), porque verá em você, uma pessoa igual a ele, que também bebe, apesar de você beber com moderação.

Perceba, você acabará sendo pedra de tropeço e impedindo que alguém venha até Cristo pelo seu comportamento, você não impactará a vida daquele que precisa de Cristo de forma positiva, mas de forma negativa, se igualando ao comportamento de alguém, que sem noção de equilíbrio, daquele que está longe de Deus e bebe para esquecer seus problemas, bebe para obter prazer passageiro ou vive bebendo deliberadamente, destruindo sua vida e seu corpo, porque acha que a bebida é sinônimo de alegria e felicidade. Centenas de jovens morrem anualmente no Brasil, vítimas de acidentes dentro e fora das baladas. Centenas de famílias são destruídas, perdendo seus filhos em acidentes de trânsito por causa de bebidas alcoólicas e drogas.

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(Jovens numa “balada” buscando sexo, bebidas e drogas)

Hoje, nós Igreja do Senhor, não somos diferentes, muitos cristãos, mesmo sabendo da manifestação sobrenatural de Jesus Cristo em seu túmulo, ressuscitando após três dias de uma morte terrível na cruz, a pior pena concedida naquela época do primeiro século (pena de morte, apenas aos piores indivíduos da sociedade) , ainda assim, alguns insistem em viver aqui na terra com liberalidade em seu estilo de vida, praticando coisas que não deveriam praticar, de forma voluntária e não se esforçando para fugir do pecado, de viver uma vida de separação do mundo, no sentido exato da palavra santo. Deveríamos viver longe das coisas que desagradam a Deus. Muitos cristãos vivem como o povo de Israel, achando que Moisés demorava demais para descer do monte, e então, buscaram outros caminhos, outros deuses, construíram seu bezerro de ouro.

Hoje, alguns, não todos, não iremos generalizar, achando que a vinda de Jesus Cristo não irá acontecer ou demorará muitos anos, não se preparam, não se santificam, vivem sua vida em um estilo liberal, achando que tudo é permitido, sem se preocupar em maturidade cristã, comunhão com Deus e separação do pecado.

Não tem temor de Deus. Não se preocupam que seu comportamento e seu estilo de vida podem afastar pessoas de Deus, podem comprometer a vinda de pessoas para o evangelho, em função de provocarem escândalos ao evangelho.

Nestes tempos de apostasia, de heresias, de incredulidade generalizada, se não tivermos preocupação com nosso comportamento e testemunho cristão, estaremos colaborando para afastar pessoas do evangelho e até para fecharmos igrejas.

Como você se sentiria se soubesse que seu comportamento e estilo de vida, estaria afastando pessoas de conhecerem a Cristo, ou estaria levando pessoas para o inferno, por não quererem mudar de vida, olhando para você?

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(Jovens não cristãos, consumindo bebidas alcoólicas)

Na Europa centenas de igrejas se transformaram em bares e boates, centenas de igrejas fecharam. No Brasil as igrejas cristãs estão estagnadas, não crescem há anos e isto certamente, não tem nada a ver com crise econômica, mas essencialmente com crise de identidade, com crise moral, com não cumprir seu papel como luz do mundo.“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.” Mateus 5:14. Como poderemos ser a luz do mundo, se vivermos na onda do mundo, seguindo o estilo de vida, os modismos do mundo, aceitando tudo como normal e natural e não confrontando com o comportamento esperado por Deus e descrito na Bíblia?

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(Igreja cristã que se transformou em bar em Liverpool, Inglaterra)

Veja que Jesus nos alerta em sua Palavra: Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.” Mateus 5:13.

Se nós, como povo de Deus, nos igualarmos com o mundo em nosso comportamento e estilo de vida, (bebermos, fumarmos, nos prostituirmos, com sexo fora do casamento, dentre alguns pecados mais comuns), seremos como Jesus nos alertou, como o sal que perdendo seu sabor, não serve para temperar nenhum alimento, e será descartado.

Assim, nós como discípulos de Jesus Cristo, precisamos ter preocupação com nosso comportamento cristão. Pensarmos sempre, se nossas atitude, estilo de vida e comportamento não está afastando pessoas da presença de Deus.

Como poderemos querer educar os jovens, tirá-los de uma vida desregrada, se nosso comportamento proporciona estímulo ao pecado e serve de exemplo negativo para eles?

Somos o sal da terra e Jesus nos alerta que se perdermos o sabor, o propósito para o qual Deus nos chamou, seremos desacreditados, desprezados e pisados pelos homens, sofreremos as consequências do nosso pecado, seremos zombados pelo mundo.

Que Deus nos conscientize da importância do nosso testemunho e comportamento cristão na vida daqueles que poderão ser alcançados pela Graça de Deus.

O seu comportamento, seu estilo de vida é a Bíblia que o mundo estará lendo, antes de vir para a Igreja.

Pr. Luiz Francisco Contri

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