“Dentro de três dias o faraó vai exaltá-lo e restaurá-lo à sua posição; e você servirá a taça na mão dele, como costumava fazer quando era seu copeiro. Quando tudo estiver indo bem com você, lembre-se de mim e seja bondoso comigo; fale de mim ao faraó e tire-me desta prisão, pois fui trazido à força da terra dos hebreus, e também aqui nada fiz para ser jogado neste calabouço”.
Gênesis 40:13-15

José estava preso no Egito e tinha uma expectativa de sair da prisão com a ajuda do copeiro-mor. Combinou com o copeiro que quando tudo estivesse indo bem com ele, para que ele pudesse se lembrar dele, conversar com o faraó para que este o pudesse tirar da prisão, já que era inocente.

José colocou a sua expectativa naquilo que lhe era visível, possível que era receber uma ajuda do copeiro-mor (chefe dos copeiros), a pessoa que estaria na presença do faraó do Egito.

O plano de José para sair da prisão era algo perfeito em sua visão.

O copeiro lhe devia um favor e então ele estava certo que quando o copeiro se reunisse na presença do grande faraó do Egito para o servir, ele se lembraria dele na prisão, contaria a história para o grande líder do Egito e imediatamente seria solto.

Porém, a Bíblia relata que o plano de José não funcionou, vejamos o versículo 23: “O chefe dos copeiros, porém, não se lembrou de José; ao contrário, esqueceu-se dele.” Gênesis 40:23.

José foi esquecido pelo copeiro-mor que ele tinha como expectativa de poder ajudá-lo a sair da prisão.

Podemos imaginar a decepção que José sentiu naquela prisão de ter sua expectativa frustrada. E em função do esquecimento do copeiro-mor que ele julgava ser seu amigo, José ficou mais dois anos preso naquela prisão.

O copeiro só veio lembrar-se de José muito tempo depois, quando o Faraó teve um sonho e ninguém conseguia interpretar e então por sugestão do copeiro, José é levado na presença do rei que lhe conta o sonho e José dá a interpretação (Gênesis 41:14-16).

Por que será que Deus permite que tenhamos expectativas frustradas?

Aplicação Prática:

Qual será o motivo pelo qual Deus não atendeu ao pedido de José para sair daquela prisão, com a ajuda do copeiro-mor e deixou José ficar mais dois anos naquela prisão?

Provavelmente se José tivesse sido solto, naquele momento que ele tinha a expectativa imediata na ajuda do copeiro-mor, ao receber o alvará de soltura teria com certeza retornado para sua terra natal e aí quando o faraó precisasse de alguém para interpretar seu sonho (dois anos depois), José não estaria mais no Egito e não interpretaria o sonho de Faraó e também não seria levado a posição de governador de todo o Egito, como ele o foi, após ter ficado na prisão e ser lembrado posteriormente pelo copeiro.

O plano inicial de José não saiu como ele imaginava.

Ficou decepcionado, ficou frustrado, ficou confuso e sem entender o porque de Deus não ter atendido ele, através da ajuda do copeiro-mor que se esqueceu dele na prisão.

O que aconteceu com José, acontece com frequência em nossas vidas.

As portas estão fechadas para nós. Imaginamos que algo irá acontecer, mas não acontece.

Fazemos planos, criamos expectativas, pensamos em soluções humanas, visíveis que estão muito claras para nós e às vezes entendemos que aquela visão que temos, aquela solução que imaginamos para nosso problema, aquela expectativa que temos na ajuda de uma pessoa irá acontecer. Ficamos tranquilos e esperando que a expectativa que planejamos se cumpra.

Quando as coisas que planejamos, que imaginamos não acontecem do jeito que havíamos pensado inicialmente, ficamos frustrados, ficamos decepcionados quando as portas que esperávamos se abrir, permanecem fechadas, trancadas e não se abrem. Algumas vezes, até desanimamos, perdemos nossa fé (culpamos Deus ou a igreja que frequentamos), ou culpamos as pessoas que não nos ajudaram a concretizar nosso plano pela nossa expectativa que foi frustrada, que não deu certo.

Aquilo que parece para nós um bom caminho pode não ser. Deus tem sempre o melhor caminho, a melhor resposta, a melhor solução para as portas que estão trancadas para nós. José no Egito não podia enxergar além das portas da prisão. Sua esperança estava fixada apenas em sua conversa com o copeiro, porém Deus podia enxergar além daquele momento, daquela situação desfavorável para José e também estava pensando além, no futuro em que José poderia ser liberto pelo Faraó e participar na história de salvação da sua família.

Somos muitas vezes, como José na prisão, enxergamos apenas o imediato, mas Deus já enxerga o palácio de Faraó. Deus tem sempre o melhor para seus filhos.

O aprendizado que temos, com esta história de José no Egito preso, é que podemos confiar em Deus sempre, mesmo quando não entendemos seus planos para nós hoje, mesmo quando não entendemos porque estamos passando por determinada situação, problema ou decepção com alguém.

Confie sempre sua vida em Deus, busque a Deus em oração, mesmo quando tudo parecer confuso e você não estiver entendendo os planos de Deus. Certamente, no momento certo, no tempo de Deus, você receberá a resposta favorável, a solução de Deus para seu problema.

Pr. Luiz Francisco Contri