“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.”
João 1:12,13

 Cada um de nós irá se lembrar da figura e do papel de um pai em sua vida.

Muitos terão motivos felizes de se lembrar de seu pai, quer ele esteja vivo ou quer ele já tenha partido deste mundo. Boas lembranças da infância, momentos em família, dias marcantes como o Natal, formaturas, casamentos, circunstâncias diversas em nossa vida, em que a presença de um pai amoroso ao nosso lado, certamente fizeram a diferença na pessoa que somos hoje.

Nem todos tivemos a felicidade de podermos ter um pai biológico presente e participativo em todos os momentos de nossas vidas. Aqueles que puderam desfrutar desta bênção se lembrarão dos bons momentos passados ao lado de seu pai.

Alguns tiveram um pai presente em apenas uma fase de sua vida, na infância, na adolescência ou nos primeiros momentos de sua vida adulta.

Outros, no entanto, não tiveram esta possibilidade e talvez tenham tido outras pessoas que exerceram o papel de pai.

Talvez você tenha tido um pai adotivo ou um padrasto que supriu e cumpriu o papel de pai em sua vida e também te ajudou a chegar onde você está hoje.

Alguns lembrarão com gratidão daqueles que exerceram o papel de pai em suas vidas. Outros não terão esta boa lembrança e no dia dos Pais, talvez pensem que não tenham nenhum motivo de agradecer a Deus pela figura de seu pai ou de comemorar algo.

Não importa qual tenha sido seu relacionamento com seu pai (amoroso, incompleto, frio ou inexistente), seja ele biológico ou adotivo, talvez ainda, você não tenha tido um pai, ou alguém que exerceu este papel em sua vida.

Não importa se seu pai te decepcionou em algum momento de sua vida ou, se você esperava mais da participação dele, nos momentos que você mais precisou ou sonhou que ele estivesse presente em sua vida.

A Bíblia nos fala que Deus criou o universo e nos criou à sua imagem e semelhança.

Deus criou todas as coisas com uma perfeição e beleza inigualável.

Em sua criação, Deus também criou a família, criou os seres humanos perfeitos moralmente, à sua semelhança e sonhou com que pudéssemos na Terra, sermos felizes conforme Ele havia planejado na eternidade.

Deus ficou muito feliz e satisfeito com tudo o que fez e também com a criação do homem e da mulher, da família sonhada por Deus, conforme o livro de Gênesis 1:31 nos informa: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.”

Deus criou a paternidade e se apresentou ao mundo criado, através da família, constituída pelos nossos primeiros pais, Adão e Eva.

Infelizmente o pecado entrou no mundo (Gênesis 3), através de nossos primeiros pais, que desobedeceram a Deus e a consequência do pecado foi a morte e a semente do pecado ter se alastrado para todos os seres humanos que vieram posteriormente a existir nesta Terra, inclusive nosso pai terreno que um dia nos gerou e nos criou de uma forma bela, amorosa, participativa junto com nossa mãe, ou não, talvez não tenhamos tido esta possibilidade, e nem desejaremos lembrar da figura do pai em nossas vidas.

Talvez, hoje, estejamos decepcionados com nosso pai terreno.

Deus não desistiu da humanidade, quando nossos primeiros pais o decepcionaram. Deus sempre nos amou, como verdadeiro Pai Celestial que olha para sua criação gerada e para a família sonhada com esperança que possa haver transformação de situações.

E na história da salvação da humanidade, Deus possibilitou a figura dos patriarcas (do grego “patér”, significa pai e “arché”, primeiro”) ao povo de Israel, nossos primeiros pais da fé,  pois Deus desejava demonstrar que tipo de relacionamento Ele desejaria estabelecer com seu povo, o povo da Aliança, e desta forma estabeleceu com o povo de Israel um relacionamento de Pai para filho, com os primeiros patriarcas que demonstraram a vontade de Deus para o povo da aliança: Abraão, Isaque e Jacó que depois mudou seu nome para Israel, o ancestral dos antigos israelitas.

Aplicação Prática:

A paternidade e o relacionamento paterno sempre estiveram presentes nos planos de Deus para abençoar a humanidade.

Há dois mil anos Deus enviou seu único Filho, Jesus Cristo, para o povo da aliança, o povo de Israel, mas a Bíblia descreve que os israelitas daquele momento, não entenderam que Jesus Cristo, aquele bebê que nasceu de forma muito humilde, numa manjedoura, ao lado dos animais e de sua família na cidade de Belém, amparado pelo amor de seu padrasto e pai, José e sua mãe Maria, pudesse ser o Filho de Deus. Os judeus não imaginavam que Jesus Cristo seria o Messias Prometido ao povo de Israel, e então, rejeitaram ao Mestre Jesus: julgaram, mataram e o crucificaram.

Porém, Deus não desistiu de seu sonho de nos transformar e Jesus Cristo, ressuscitou e está assentado à direita do Pai Celestial, nosso Deus Todo Poderoso, para que nós aqui nesta existência pudéssemos experimentar a vida de Deus em nós.

Deus não desistindo de sua obra criada, no evangelho de João no capítulo 1, versículos 12 e 13, nos informa que:  todos que receberem a Jesus Cristo e crerem em Seu Nome, terão o direito de se tornarem filhos de Deus. Não nascemos como descendentes naturais de Deus, ou gerados pela vontade do desejo de um homem da Terra, mas nascemos do próprio Deus, somos adotados por Deus Pai, através do sacrifício de Jesus Cristo, em nosso lugar, que na Cruz do Calvário, levou todos os nossos pecados e também todas as nossas decepções com nosso pai biológico, caso este fato tenha acontecido conosco nesta existência.

Em Jesus Cristo, somos ligados a possibilidade de um Pai Celestial, um Pai Especial que não nos decepcionará, que nos amará para toda a eternidade. Em Jesus Cristo, termos a possibilidade real de sermos regenerados por Deus, nascermos de novo e mudarmos totalmente nossa forma de enxergar este mundo, e também temos a possibilidade de mudarmos o nosso comportamento, sermos transformados em nossas atitudes para com nossos semelhantes.

Em Jesus Cristo, somos adotados na Família Celestial, e somos o povo da aliança, aliança esta realizada através do sangue derramado por Jesus Cristo em nosso favor na cruz.

Em Jesus Cristo, temos a possibilidade do perdão em nosso coração. Assim, como Deus nos perdoou em Jesus Cristo e somos justificados por Deus de nossa desobediência e rejeição do Criador, assim também teremos a possibilidade de perdoarmos o nosso pai terreno, caso ele tenha nos decepcionado e avançarmos em nossa vida, conforme o apóstolo Paulo nos ensina na Palavra de Deus, em Filipenses 3:13,14: “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.”

Que possamos neste dia dos Pais, comemorarmos a vida de filhos que somos do Pai Celestial, possamos nos lembrar do Pai Celestial que nos amou e nos deu seu único Filho, Jesus Cristo, para que nós fossemos adotados, com o direito de sermos “Filhos de Deus” e entrássemos para sempre na família celestial.

Que você possa comemorar com seu pai terreno, a vida, caso ele ainda esteja com você, e também na possibilidade dele não mais estar presente, que você se lembre que o Pai Celestial estará a mesa neste dia, desejando abençoar sua vida e sua família.

Feliz Dia dos Pais!

Pr. Luiz Francisco Contri