Culto todos os domingos às 19h:30
Rua Vital, Nº 316, Quinta dos Vinhedos, Bragança Paulista, SP

#palavrasnocaminho – A percepção

A PERCEPÇÃO

“Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas”
Salmos 23:2

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Vivemos em um mundo que valoriza muito a beleza e aparência em todas as áreas da vida humana, desde a questão de como nos apresentamos para as pessoas que convivem conosco (nossa aparência física) até o visual de nosso carro ou da casa que residimos.

 O ser humano fica impressionado facilmente pelos seus sentidos e pelo que eles proporcionam de bem estar ao seu ser interiormente, fazendo-o caminhar impactado por estas boas sensações, emoções. A percepção humana é esta característica que temos de nos sentirmos impactados pelos nossos sentidos, pela nossa mente.

 Se pensarmos nas questões de beleza ao nosso redor, certamente todos nós ficaremos impactados pelo visual deslumbrante de um jardim bem cuidado, verdejante e com plantas cultivadas e com muitas flores.

Quando um arquiteto projeta uma nova casa, além das questões funcionais e de boa divisão dos ambientes, como boa iluminação natural e ventilação, uma questão obrigatória é a questão do impacto visual ao projeto, do paisagismo que integrado com a construção física a humaniza, traz vida, bem estar e beleza aos seus futuros moradores.

 O Salmo 23 fala também desta beleza ao mencionar “verdes pastagens”. O salmo descreve a realidade rural da época do salmista Davi como pastor e cuidador de suas ovelhas no campo. Podemos fazer um paralelo e alusão ao Senhor Jesus Cristo, como supremo Pastor de nossas vidas espirituais. Davi registra o seu cuidado pelas ovelhas que ele mesmo cuida em um pasto verdejante, mas ao mesmo tempo se coloca de forma submissa a Deus, como filho amado, como ovelha que precisa dos cuidados do Pastor Jesus que cuida da sua vida. Os seis versículos deste salmo falam exatamente sobre este relacionamento em que temos a confiança e a dependência de Deus, considerando o seu pastoreio sobre nossas vidas.

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 Importante nós percebemos Deus em um relacionamento pessoal, assim Davi enxergava Deus, assim faz sentido um pastor cuidando de suas ovelhas, em um relacionamento diário.

Neste mundo agitado que vivemos, corremos o risco de enxergarmos a Deus, por sua beleza, pelo bem que Ele faz, apenas pela visão humana, pelas sensações, emoções, percepções que sentimos ao participarmos de uma reunião religiosa. Certamente em uma reunião religiosa ouviremos boas canções que falam de Deus, ouviremos boas mensagens bíblicas que descrevem histórias e exemplos de vida, mas se apenas nos contentarmos em ver estas “verdes pastagens”, estes momentos com Deus muito bonitos, e não nos relacionarmos com Deus de uma forma pessoal, diária, as belas reuniões religiosas, os cultos maravilhosos poderão estar impactando a nossa vida apenas no nosso exterior, naquilo que vemos, naquilo que sentimos ou percebemos ao participarmos destes momentos, mas estes momentos semanais não terão impacto em nosso comportamento, se não buscarmos a Deus interiormente, em nosso quarto de oração.

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Deus nos chama para o “evangelho”, para uma vida seguindo a Cristo em nosso interior. Precisamos tomar cuidado em conhecermos a Deus, não apenas de longe”, “de ouvir falar”, oudeconhecermos boas histórias de fé e superação na Bíblia“, mas continuarmos vivendo, apenas, na experiência externa do conhecimento religioso, sem entregarmos nossa vida para Deus cuidar, como pastor de nossas almas, tendo prazer interiormente em sentirmos as mudanças diárias, as transformações que ocorrem em nosso ser, quando buscamos Deus sem reservas, e sem outro interesse além da sua própria Presença e Glória, agindo em nosso interior.

O que Deus colocou para o salmista Davi escrever é um alerta para nós entendermos que devemos buscar a Deus, não apenas de forma superficial, emotiva, apenas nos agradando com as belas pastagens, com os verdes campos lindos e maravilhosos que a visão religiosa pode nos proporcionar exteriormente, emocionalmente e de bem estar em nós humanos.

O sentido deste salmo está em uma vida interior de relacionamento da ovelha com seu pastor. Uma ovelha que não buscará o seu pastor apenas quando está com fome e com problemas, mas uma ovelha que terá prazer em estar diariamente na presença do seu pastor e que poderá se alimentar com o alimento natural que se apresentará a ela. Uma ovelha dependendo de seu pastor para fazê-la caminhar por pastos verdejantes que a alimentem interiormente, matando sua fome física, e junto à águas límpidas, cristalinas que lhe saciem sua sede. Somos espiritualmente como esta ovelha cuidada pelo Supremo Pastor Jesus Cristo e precisamos ter prazer diário em estar com Cristo, precisamos nos alimentar do alimento espiritual, da água cristalina que Jesus nos dará.

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Infelizmente, vemos hoje muitas pessoas buscando, em muitos lugares religiosos a beleza do pasto verdejante, de uma reunião dinâmica, animada, com muito som e uma palavra motivadora, que muitas vezes não passa de uma reunião de auto-ajuda e de bem estar físico e emocional para a vida dos que vivem assim, com promessas imediatas ou futuras de bem estar.

Deus, através de Jesus Cristo, nosso Supremo Pastor nos chama pelo Evangelho para uma vida de relacionamento pessoal com Ele, uma vida que fuja do pecado, que vença as tentações diárias na comunhão em oração, na leitura da Palavra, no ouvir hinos e cânticos espirituais, e sobretudo com a presença real do Espírito Santo de Deus, agindo em nosso interior. Deus nos propõe uma vida de relacionamento e amor, onde passamos seguir Jesus Cristo, habitando em nós, e isto significa necessariamente uma vida de negação diária de nós mesmos, do nosso próprio eu. Uma vida em que Cristo possa ser visualizado ao mundo através do nosso comportamento diário.

Participamos do culto para celebrar a Glória de Deus, para glorificarmos ao nosso Senhor e Pastor Supremo, esta é a motivação de nossa Presença na Casa do Senhor, independente das “sensações” ou “emoções” que os “pastos verdejantes” poderão impactar em nosso exterior. Importante compreendermos, de forma madura, que este relacionamento não é uma relação de “pedir e receber” de crermos em Deus pelo que Ele fará e nos dará (não nos faltando nada), mas percebermos que na caminhada cristã estaremos também sendo desafiados a passarmos pelo vale da sombra da morte. Na caminhada cristã estaremos também, participando de momentos e circunstâncias ruins, indesejadas em que poderemos confiar no Supremo Pastor nestas situações sombrias e de vale, refrigerando a nossa alma, acalmando nosso coração, nos fazendo caminhar em meio aos nossos inimigos que tentam nos destruir, continuando com muita paz no coração.

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Mais importante do que poderemos “ter”, do nosso sustento e provisão diária, da providência divina em nosso favor é podermos ter a companhia de Deus, a presença de Deus, agindo em nosso interior.

Reflita: Como vejo Deus? Qual a importância de Deus para minha vida pessoal? Enxergo Deus apenas como um provedor (apenas pela ótica do sustento)? Que tipo de relacionamento desenvolvo com Deus? Importante percebermos que nosso relacionamento com Deus, não pode apenas ser no querer receber suas bênçãos e nos sentirmos bem, usufruindo dos “pastos verdejantes”, mas entendermos Deus e o seguirmos interiormente. Deus nos ajude a humildemente compreendermos o significado Dele para nossas vidas e o Glorificarmos através do nosso comportamento diário.

Pr. Luiz Francisco Contri

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