A DECISÃO

“Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam,
e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a ele. Pois o Senhor é a sua vida, e ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó.” Deuteronômio 30:19,20

Esta seção aborda a escolha da vida ou da morte, da bênção ou da maldição, de Deus ou de si mesmo. Em seu último discurso, Moisés advertiu o povo com perspectivas proféticas acerca da natureza de Israel (rebeldia), da compaixão de Deus e de Sua nova atitude graciosa, bem como da responsabilidade da nação.

Moisés em seu último pronunciamento para a nação israelita, exortou ao povo escolhido por Deus com um discurso inflamado, forte, e com um viés profético. Moisés conhecia muito bem aquele povo, um povo rebelde que apesar de presenciar tantas manifestações concretas da ação de Deus sobre suas vidas, ainda assim, era um povo que vivia oscilando entre o Deus pessoal, Todo-Poderoso, Amoroso que os havia escolhido, e os deuses pagãos, as imagens de escultura, como o bezerro de ouro, que desagradavam profundamente ao Criador do Universo.

Aquele povo deve ter ficado irritado com um pronunciamento tão enfático, que aconteceu um pouco antes deles entrarem na terra prometida por Deus, a terra de Canaã. Nos versículos 2 até o 6, Moisés faz uma previsão sobre o que virá para Israel, sua apostasia, seu cativeiro na Babilônia e o retorno à sua terra. Moisés era um homem que tinha sua vida alicerçada em Deus, em comunicação pessoal, direta com o Criador do Universo.

Moisés amava aquele povo, e sabia que seu tempo e ministério estavam finalizando, então ele preparava aquele povo para seu futuro, para que continuassem crendo neste Deus invisível que os amava, para que eles continuassem seguindo seus mandamentos, suas leis, seus ensinamentos.

 A ênfase na palavra “hoje” é percebida neste momento bíblico, porque Moisés estava reforçando no coração de quem os ouvia, a pregação que Deus desejava que aquele povo recebesse nesta época de transição, neste momento de mudança do caminhar pelo deserto, para poderem usufruir um lugar preparado por Deus para eles.

Deus conhecedor do coração insensato do povo de Israel, que não se decidia por Ele, e ficava buscando tantos deuses, tantas alternativas, estava, através de Moisés reforçando a Sua Vontade para que aquele povo pudesse ser abençoado.

Moisés colocou para aquele povo o que Deus lhe mandava dizer: “coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição.”

A decisão do povo de Israel…

Infelizmente, muitos naquele povo, preferiam continuar escolhendo deuses pagãos, alternativas religiosas diferentes do que Deus desejava para eles, e acabaram provocando sofrimento na nação israelita, muitos receberam a morte e a maldição, por não considerarem o único Deus, o Deus vivo que falava com Israel, que falou com Moisés, e seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó.

Porém, naquela nação existiam pessoas fiéis aos preceitos de Moisés, aqueles ensinamentos que Moisés havia pregado, e Deus continuaria a manifestar suas misericórdias, sua compaixão, seu amor pela nação israelita, os abençoando, os conduzindo para seus propósitos eternos.

A escolha ficaria atrelada exclusivamente a seguir a um Deus único e pessoal, ou não segui-lo…

Duas alternativas possíveis para aquele povo, após sua escolha, após sua decisão: bênção e vida, ou maldição e morte.

Se as pessoas amassem a Deus de verdade, com exclusividade, sem buscarem outros deuses pagãos, outras imagens e representações de escultura, argila, madeira, ou qualquer material,  elas encontrariam a verdadeira vida, porque o Deus que se apresentava a nação israelita, era o Deus único, verdadeiro, Onipotente, Onisciente, Onipresente que havia criado o Universo, o Deus pessoal que é a fonte de toda existência. Ao rejeitar o Senhor e Seus caminhos, os israelitas escolheriam, por omissão, a trajetória da morte.

O Deus que se revelou ao povo de Israel, conversando com Moisés de forma pessoal, entregando-lhe os dez mandamentos, e os ensinamentos para que aquele povo pudesse cultuar e adoração a um Deus invisível e pessoal, e não desejava que eles adorassem qualquer tipo de representação de pedra, madeira, argila, gesso, etc, deixando claramente à orientação no segundo mandamento da lei divina:

“E Deus falou todas estas palavras:
“Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão.
“Não terás outros deuses além de mim.
“Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra.
Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos.” Êxodo 20:1-6

Qual será a sua decisão hoje?

As escrituras são bem claras em relação a adoração que o Deus Criador do Universo espera de nós. Deus enviou Jesus Cristo, há dois mil anos, para nos religar com Ele. Hoje, existem igrejas, como a Igreja Presbiteriana, que creem em Jesus Cristo como Salvador Pessoal, que creem na mensagem da salvação, mensagem da Graça pregada, e anunciada por Cristo nos evangelhos, que creem na Bíblia como única regra de fé e prática cristã, creem que Jesus Cristo e seu sacrifício vicário, substitutivo é suficiente para nos salvar e nos conectar com este Deus pessoal, invisível, eterno que continua vivo, ouvindo nossas orações, se comunicando com seu povo escolhido, em pleno século XXI.

A Igreja militante daqueles que creem em Jesus Cristo, como único mediador entre Deus e os homens, daqueles que creem em Jesus Cristo como único Salvador, e não adorarão ídolos da terra, nem outros deuses, nem outras pessoas da terra, conforme escrito no Novo Testamento, em 1 Timóteo 2:3-6: “Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo.”

A Bíblia deixa bem claro que não devemos nos prostrar diante de nenhum ídolo, qualquer que seja a representação que ele esteja sendo associado (de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra). Deus deseja que o adoremos de forma pessoal, buscando a Ele em oração, no nosso quarto, em qualquer lugar que estivermos, na Igreja, em qualquer momento. O Deus de Israel, que é o mesmo Deus invisível da Igreja hoje, continua nos chamando para o adorar, para termos um relacionamento pessoal e direto com Ele (sem nenhum intermediário da terra). Nosso Deus enviou Jesus para viver entre nós, e também, na cruz morrer pelos nossos pecados, nos salvando de nós mesmos, nos abençoando, nos dando vida e paz nesta existência, e a certeza da vida eterna com Deus, com os anjos, e com todos os que morreram antes de nós e que creram em Jesus como Salvador pessoal.

Jesus, a Nova Aliança dada por Deus para a humanidade. Jesus é o único caminho, a verdade e a vida.

Reflita: Deus nos chama para uma decisão. A decisão tem que ser tomada nesta existência, enquanto estivermos vivos. Quando morrermos nada poderá mudar nossa situação e destino eterno (céu e inferno são os dois destinos descritos na Bíblia por Deus). Hoje, é o tempo de ao sermos chamados por Deus, ao sentirmos a chama viva da salvação de Jesus Cristo, do Espírito Santo, tocando em nosso coração, não duvidarmos, mas decidirmos escolher a vida e a bênção de seguirmos a um Deus pessoal, lermos a Bíblia, buscarmos a Ele, em oração. Deus nos abençoará neste tempo presente, se seguirmos a Jesus Cristo, e quando o nosso tempo se findar, estaremos para sempre com Ele na Glória Celestial.

Pr. Luiz Francisco Contri