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#palavrasnocaminho – A despedida

A DESPEDIDA

“Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá;
e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? “
Ela lhe respondeu: “Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo”.
E depois de dizer isso, foi para casa e, chamando à parte Maria, disse-lhe: “O Mestre está aqui e está chamando você”. João 11:25-28

A morte não manda recados, nem nos avisa que virá um dia sobre nós. Normalmente, vivemos como se nunca fôssemos morrer fisicamente um dia aqui nesta existência. A Bíblia nos ensina no capítulo 3 do livro de Gênesis, que em decorrência do pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, fruto da desobediência de não ouvirem os conselhos e a ordem de Deus; então o pecado e a contaminação do pecado entrou no mundo, e a consequência direta foi disseminada para toda a raça humana, a morte física, e pior do que a possibilidade de um dia morrermos fisicamente na terra, é a nossa morte espiritual, a separação completa e eterna de Deus.

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Um dia o relógio da vida finalizará, não teremos nem um segundo a mais, os ponteiros do relógio de nossa vida se apagarão, e o nosso tempo aqui se findará. Tudo o que sonhamos, construímos, possuímos ficará para traz. Só não ficará para traz, a convicção que conquistamos nesta existência, a nossa decisão em seguirmos a Jesus Cristo, este será o nosso passaporte para a vida eterna com Deus. Se crermos em Jesus Cristo, automaticamente, estaremos desfrutando da presença de Deus.

Ninguém deseja morrer, mas um dia morreremos.

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Esta história bíblica relata o fato de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, estarem sofrendo pela morte física do seu irmão, que infelizmente tinha partido deste mundo, estava já sepultado. A narrativa descreve que elas se encontraram com Jesus, e o haviam questionado, dizendo para o Mestre, no evangelho de João 11:21-23:” Disse Marta a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires”.
Disse-lhe Jesus: “O seu irmão vai ressuscitar”.

Na conversa com Jesus,  Marta de certa forma, pronunciou uma palavra agressiva para o Mestre, o culpando, dizendo para Ele (o autor da Vida) que seu irmão Lázaro, não teria morrido, se Jesus, por exemplo, tivesse orado por ele, enquanto ele ainda estava vivo, ou se Jesus tivesse chegado a tempo, enquanto, ele ainda se encontrava numa cama enfermo. Porém, apesar do seu desabafo e fragilidade humana, em poder erroneamente fazer uma crítica para Jesus, Marta sabia:- que ela estava, não apenas diante de um rabino humano, que havia se atrasado, e não estado na hora certa para poder visitar seu irmão, Marta reconhecia que Deus poderia fazer, através de Jesus, tudo aquilo que Jesus solicitasse. Porém, a visão de Marta era limitada, humana, atrelada ao que seria possível naquele momento.

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Jesus afirmou sua autoridade, seu poder, como Deus Todo-Poderoso, entre nós, agindo aqui na terra, como Filho de Deus, mas como o mesmo poder e autoridade do Pai Celestial, já que o Pai estava Nele, e Ele estava no Pai, conforme outra abordagem, em outra passagem do evangelho de João, em que Filipe pede para Jesus mostrar o Pai, e Jesus respondeu para Filipe, no evangelho de João 14:9-10: “Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?”

Naquela situação de morte e tristeza, de desesperança, o autor da vida estava presente, e naquele momento de dor, Jesus naquela circunstância impossível, pós-sepultamento de Lázaro, em que Lázaro já estava há quatro dias fechado em seu túmulo, Jesus se dirigiu ao túmulo e deu duas ordens:

Tirem a pedra; e em seguida, se dirigindo ao morto, disse: Lázaro, venha para fora.

As ordens de Jesus Cristo foram atendidas, a pedra foi removida, e naquela sepultura algo grandioso aconteceu, o morto Lázaro havia ressuscitado fisicamente, havia voltado para a existência pelo autor da vida, “daquele que Era, que É, e que a de Vir“, pela palavra poderosa do Deus Criador do Universo, que nos ama, e pode nos salvar, e certamente nos ressuscitará um dia em corpo glorificado.

Nesta existência, antes de chegarmos no momento de nós mesmos partirmos, iremos conviver com momentos de despedida, de tristeza, de choro, ao perdermos algum conhecido, algum amigo, ou, mesmo, alguém que muito amávamos, alguém próximo a nós, alguém da nossa família, do nosso sangue, alguém que conhecêssemos ainda criança, que cresceu conosco, ou que nos sustentou, e deu vida, como nossos pais. Conviveremos com a possibilidade da morte de familiares diretos de nossa casa, como nossos irmãos, irmãs, filhos e netos (não é a ordem natural, mas pode acontecer), e também com avós, avôs, primos, sobrinhos, etc.

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O importante nestas situações é termos a tranquilidade que Jesus teve ao se deparar com aquele cenário de morte.

Jesus apesar das acusações injustas de Marta, ao dizer para o Mestre que se ele estivesse ali, seu irmão não teria morrido, Jesus não ficou chateado com a afirmação de Marta, compreendeu sua dor, compreendeu sua decepção e agiu em seu favor. O mestre também, mostrou que era tão humano como nós, e naquele momento de dor, pode sentir a falta de seu amigo e também chorou, expressou seus sentimentos de saudades, suas emoções humanas pela perda daquele amigo que ele havia convivido e conhecido, chamado Lázaro.

Um dia teremos que conviver com a despedida de algum familiar, e neste momento, é bom lembrarmos da tranquilidade, da paz de Jesus Cristo naquela cena de tristeza e dor.

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Poderemos chorar, devemos expressar nossas emoções, como Jesus chorou. Não existe uma regra nestes momentos de morte e sepultamento, a diferença é que Jesus Cristo, estando presente em nossas vidas, em nosso coração, fará toda a diferença neste momento de despedida, pois com Jesus agindo em nosso coração, com o Espírito Santo de Deus, agindo em nossa mente, em nossas emoções, não caberá o desespero, não caberá o sentimento de culpa, ou mesmo, os maus pensamentos que poderão vir sobre nossa mente, dizendo que poderíamos ter feito mais por aquela pessoa que se foi. Não, absolutamente não é assim, quando estamos com Cristo, teremos a segurança que tudo o que esteve ao nosso alcance foi feito, da melhor forma que era possível ser realizado, no tempo em que convivemos com aquela pessoa que partiu.

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A dor da morte, da despedida de alguém que amávamos já não é fácil, portanto, não retenha sobre você mais sentimentos de culpa, de pesar, o mesmo sentimentos de desespero, de medo do futuro, do que virá, sem a presença do seu familiar que partiu. Tenha em mente que Deus, em Sua Soberana Vontade permitiu que aquela pessoa vivesse, e agora nos abençoa, dando-nos paz para suportarmos a ausência de quem se foi, dando-nos coragem para prosseguir.

Precisamos descansar o nosso coração, a nossa mente nesta preciosa promessa de Jesus Cristo, quando Ele nos informa que Ele é a ressurreição e a vida, quem Nele crê, nunca morrerá. A Bíblia nos informa que após nossa morte física, continuaremos tendo consciência de quem nós fomos em vida, e do que está acontecendo conosco. Jesus ao descrever a narrativa de outro Lázaro da Bíblia, e o rico, onde ambos morreram, estava nos alertando para as duas realidades espirituais pós-morte, pós-despedida deste mundo:- céu – bênção de Deus para os que creram em Jesus Cristo nesta existência, e o seguiram e inferno – maldição para aqueles que rejeitaram a Deus,e  viveram esta existência como se Deus não existisse.

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Jesus que é a vida, que venceu a morte, que ressuscitou está te chamando hoje para um novo nascimento, para você poder experimentar a vida Dele, em você, e quando seu tempo por aqui se findar, você possa desfrutar da Presença de Deus, das bênçãos que Deus concederá imediatamente, para aqueles que partem deste mundo, crendo em Jesus Cristo, como único Salvador Pessoal.

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Reflita: Para você que hoje está sofrendo pela perda de um familiar, Cristo te diz, não se turbe o vosso coração, credes em Deus, credes também, em mim, na casa de meu Pai tenho muitas moradas. Não devemos sofrer desnecessariamente, além do próprio sofrimento da perda de alguém que foi tão importante para nós. A bênção de Deus, as misericórdias do Senhor Jesus, a Paz do Espírito Santo, consolarão o nosso coração. Neste momento, cabe a nós chorar, mas não existe aqui uma regra, o sofrimento é pessoal, particular, somente quem está passando pela dor da despedida, poderá saber o que fazer, e o que está sentindo. Neste momento, poderemos lembrar das boas lembranças, dos bons conselhos, da amizade daquele que nos despedimos, o timbre de voz daquela pessoa ficará para sempre em nossa mente.

Que Deus te conforte, te console neste momento de despedida, que a suprema Paz de Jesus esteja em seu coração e de sua amada família.

Pr. Luiz Francisco Contri

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