A FORÇA

“Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim.” 

Colossenses 1:29

O apóstolo Paulo utiliza no livro de Colossenses a palavra “mistério”, muito conhecida entre as religiões pagãs gregas. Nas religiões pagãs “mistério” era um ensino secreto que era ensinado por alguns mestres espirituais.

Paulo utiliza desta palavra “mistério” para poder se comunicar com o povo da cidade de Colossos, já que esta palavra era compreendida por eles. Mistério para Paulo significava a pessoa de Jesus, que estava sendo anunciado há muito tempo pelas escrituras como o Messias que viria, mas que era desconhecido, que estava oculto,  e que no primeiro século de nosso calendário estava sendo apresentado pelo apóstolo aos povos estrangeiros.

Agora o mistério estava sendo revelado. O mistério é que agora Cristo habitava no coração dos estrangeiros, conhecidos como gentios na Bíblia. Antes, na antiga aliança, no Antigo Testamento, os judeus eram o povo que Deus se relacionava, mas agora em Cristo, Paulo apresenta Cristo para todos, judeus e gentios (estrangeiros, aqueles que não eram judeus). No livro de Efésios no capítulo 3, verso 6, o apóstolo apresenta a união entre judeus e gentios, em um só corpo, a Igreja de Cristo.

Vamos relembrar este importante texto:

“Ao lerem isso vocês poderão entender a minha compreensão do mistério de Cristo. Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, a saber, que mediante o evangelho os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus.”
Efésios 3:4-6

 A preocupação do apóstolo é que aquelas pessoas que recebiam o evangelho, as boas notícias de Salvação em Cristo Jesus, pudessem não apenas receberem em si mesmas, o “novo nascimento”, a nova vida que Cristo produziria nelas, mas que elas pudessem crescer em maturidade.

Neste aspecto é que ele realiza o seu ministério, com todo esforço pessoal, com “força”, considerando o poder do Espírito Santo que atuava nele, para que as pessoas que iam se convertendo, não ficassem apenas como “bebês espirituais“, se alimentando apenas do leite espiritual, daquilo que era básico na fé cristã, mas seu empenho era para que elas pudessem crescer em maturidade espiritual, chegando próximas do modelo, do homem perfeito que é Jesus Cristo.

Refletindo sobre este esforço do apóstolo Paulo, e comparando com o trabalho e serviço cristão que realizamos hoje, em prol da divulgação do evangelho de Cristo, da mensagem de salvação, podemos perceber que existe uma certa estagnação, uma acomodação dos cristãos verdadeiros que conhecem a Palavra de Deus, no compartilhamento da mensagem de salvação e vida eterna, para aqueles que não a conhecem.

Por outro lado, estamos numa época de muitos programas religiosos na TV, que até utilizam-se de textos bíblicos, mas na maioria destas programações a mensagem bíblica é distorcida e utilizada como pretexto e objetivos de autoajuda, onde as pessoas que recebem este “evangelho da prosperidade” foram em busca de bênçãos materiais e milagres para o aqui e agora. Muitos falsos profetas em nosso tempo, divulgando uma mensagem que promove as glórias materiais para o homem, e não a salvação eterna e a Glória de Deus.

 Torna-se necessário nos unirmos em oração, nos movimentarmos como Igreja de Cristo, que segue a Bíblia como única regra de fé e prática, nos esforçarmos, como o apóstolo Paulo fazia, com a finalidade de divulgação do evangelho da Bíblia  (mistério para os colossenses, e estrangeiros de sua época), e que este mistério possa ser hoje revelado a este homem do século XXI.

Reflita: O que tenho feito para divulgar a mensagem de salvação em Cristo Jesus? Tenho me esforçado para que pessoas cheguem ao conhecimento que Jesus é o Salvador do mundo e nos une a Deus? Glorifico a Deus, divulgando a mensagem de Cristo? Que Deus nos conscientize de mais esforço e empenho na proclamação do evangelho de Jesus, na forma e sentido original, como está escrito na Bíblia.

Pr. Luiz Francisco Contri