A APROVAÇÃO
“pois não é aprovado quem a si mesmo se recomenda, mas aquele a quem o Senhor recomenda.”
2 Coríntios 10:18
Desde o momento que viemos para este mundo até o momento que partiremos dele, passaremos por processos de aprovação criados pelos homens. Quando crianças, adolescentes e jovens passamos por diversos ciclos na vida escolar, e em todos eles precisaremos estudar muito, para irmos avançando para o próximo ciclo, passaremos pelos vestibulares, até alguns chegarem ao nível máximo e conclusão de uma carreira universitária, ou mesmo continuarem se aprimorando, fazendo cursos de pós-graduação. Seremos avaliados em todas as fases de nossa vida escolar e poderemos ser aprovados, ou não.
A reprovação nem sempre é algo ruim…
Quando reprovados necessitaremos ficar mais um tempo naquela fase escolar, reconhecendo nossas dificuldades e vencê-las para podermos prosseguir para a fase seguinte. A reprovação nem sempre é ruim, ela nos mostra onde estamos, e se reconhecermos nossas dificuldades, ou nossos erros, poderemos melhorar naquilo que temos dificuldades, e não mais cometermos os mesmos erros. Se mascararmos as nossas falhas, não reconhecendo a reprovação que recebemos, poderemos passar a vida toda, “errando“, “errando“, e não sabendo porque a vida não sorri para nós, ou, porque não somos bem aceitos pelas pessoas.
Além da nossa vida escolar (que fica bem claro para todos nós, este exemplo do que é ser aprovado), passaremos nesta existência por constantes processos de aprovação dos que estarão ao nosso redor, e cada vez mais as empresas estarão avaliando pessoas e as aprovando, ou as reprovando para suas vagas de emprego, ou nos cargos e funções que elas já estão trabalhando e contratadas.
Da mesma forma que às vezes nos julgamos capacitados para um cargo, e aí colocamos as nossas capacidades e experiências em um currículo vitae, e o enviamos para uma empresa; somente seremos realmente sabedores se conquistamos aquela vaga, aquela posição de trabalho, após passarmos por um longo período de entrevistas e avaliação profissional de nosso currículo, pelo departamento de recursos humanos da empresa, bem como pela avaliação dos gestores das áreas técnicas que nos irão contratar.
Também quando já estamos contratados por uma organização, seremos constantemente avaliados pelos nossos gestores e por processos internos nas empresas de avaliação de desempenho profissional, e aí poderemos ficar um bom tempo na empresa, ou em algum momento, sermos demitidos por não mais estarmos atendendo às expectativas da mesma.
Nem sempre a recusa de uma empresa pelo nosso perfil profissional é algo ruim, ou o desligamento por motivos de contenção de despesas, ou mesmo por não estarmos atendendo aos requisitos que o cargo que desempenhamos exige. Se tivermos um coração sincero diante de nós mesmos, refletiremos com as respostas negativas que a vida nos der, e buscaremos nos aprimorar nas áreas que temos deficiência.
O texto bíblico que lemos, em 2 Coríntios 10:18, fala desta aprovação realizada por nós mesmos, quando achamos que somos capacitados e aprovados para a realização de uma determinada atividade, porém a Bíblia registra que a melhor aprovação, será a que virá do próprio Deus.
Cuidado com as falsas aprovações…
Nesta existência, até por questões de sobrevivência, ficaremos constantemente preocupados com a aprovação dos que nos rodeiam, e hoje de certa forma, o mundo virtual nos possibilita momentos de aprovação, de aceitação, quando publicamos algum “post”, e recebemos muitas curtidas. Ou, quando tiramos uma foto com alguém famoso, e que está em evidência na mídia e publicamos em uma rede social.
Achamos que pelo fato de conseguirmos tirar uma foto especial, a que chamamos de “selfie”, aquela foto com alguém famoso, alguém que admiramos, ou, que o grupo que estamos associados admira, aquela pessoa de sucesso e aprovada na sociedade, também por consequência, seremos aprovados pela nossa rede de amigos, nos tornaremos importantes e valorizados pelo fato de estarmos ao lado de alguém importante e aprovado.
Nossa preocupação deveria ser agradar a Deus….
Na realidade deveríamos estar preocupados em agradar a Deus, em poder realizar a Sua Vontade, mas não é este muitas vezes o comportamento que percebemos em nós mesmos, e nas pessoas que convivemos. Existe uma verdadeira necessidade dos seres humanos, neste começo de século XXI, em serem reconhecidos pelos homens, pelos grupos a que pertencem, pela sociedade em que vivem.
Certamente, seremos cobrados todo o tempo pelos homens. Pressionados em diversos momentos. Lutaremos pela nossa sobrevivência humana. Se o nosso coração estiver realmente conectado com Deus, teremos em mente que deveremos agradar primeiro a Ele, em nosso comportamento, em nossas atitudes, no estilo de vida que vivemos, realizando sempre Sua Vontade (expressa claramente na Bíblia), para depois, se for possível, conviver e agradar com os que estão ao nosso redor.
Que possamos em diversos ciclos e etapas de nossa vida, olharmos para nós mesmos, e quando as coisas não caminharem como esperávamos, ou, mesmo, tivermos sido reprovados por alguma situação que vivenciamos, não ficarmos procurando culpados pelo que aconteceu conosco, ou transferindo a nossa responsabilidade para terceiros.
Ser cristão é poder estar sempre diante do Senhor, permitindo que Ele nos avalie, nos diga onde precisamos mudar, e aí sim, caminharmos na orientação que a Bíblia nos fornece de melhoria, na direção da maturidade do Mestre Jesus. Termos também a humildade de recebermos críticas dos homens, e entendermos, tendo o discernimento de quais realmente procedem, e são para nossa melhoria na vida pessoal ou espiritual.
Que Deus nos ajude nesta nova semana de desafios pessoais e profissionais, a vivermos a vida de Jesus, através da nossa vida, a expressarmos Cristo de forma clara para o mundo, através do nosso comportamento, a buscarmos a aprovação de Deus em tudo o que realizarmos.
Reflita: Tenho um estilo de vida que procura agradar aos homens, ou procura agradar a Deus? Vivo o amor de Deus, através do meu estilo de vida? Que Deus nos ajude a enxergarmos nossas limitações humanas, a reconhecermos nossos erros, e a buscarmos a presença Dele em nós, a sermos mais dependentes Dele, nas ações e decisões que iremos tomar. Que Deus nos ajude a ouvirmos as críticas dos homens, e reconhecermos nossas limitações humanas também. Que Deus nos aprove e nos recomende nestes tempos que o amor se esfriou.
Pr. Luiz Francisco Contri
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